No cenário de pandemia, as TIC foram essenciais para a continuidade dos negócios e da vida de todos nós. Nesta realidade que continua a transformar-se de forma radical, a digitalização tornou-se urgente. O que significa que, cada vez mais, vamos precisar de pessoas com qualificações digitais.
Uma realidade que não poderia estar mais alinhada com os objetivos de Bruxelas que anunciou, a 1 de julho de 2020, um pacote de propostas legislativas focadas na transição digital. Este pacote inclui 12 medidas e metas bem definidas para os Estados-membros: ter, até 2025, 50% dos europeus em idade ativa a participar em ações de formação; 30% dos adultos com baixas qualificações a participar na aprendizagem; 20% dos desempregados com competências digitais sustentáveis e 75% dos adultos com competências digitais básicas.
É um desafio que nos é colocado a todos: Estado, instituições públicas e privadas, empresas e indivíduos. É certo que, nesse processo, o papel do Estado como impulsionador é fulcral. E, aqui, aproveito para elogiar o trabalho que tem vindo a ser feito pela secretaria para a digitalização. Já a nível das organizações, gostaria de salientar que, em Portugal temos assistido, nos dois últimos anos, a uma enorme evolução na oferta de licenciados TIC e de profissionais que saíram dos cursos técnicos superiores profissionais, idealizados em articulação com as empresas. Este alinhamento entre o ensino e o mercado de trabalho só pode trazer competitividade ao país. Há, inclusivamente, exemplos bem-sucedidos no interior, mostrando que é possível ultrapassar os obstáculos geográficos. O que significa que, com a visão e as estratégias certas, e numa lógica de ecossistema e cooperação, é possível obter resultados. Desde a sua génese que a GET Consulting aposta na descentralização da capacitação digital, trabalhando em conjunto com as empresas e algumas entidades de ensino.
Há ainda outra realidade que começa a ganhar expressão e que gostaria de referir: a das formações como resposta a necessidades diferenciadas e ao longo da vida. Conscientes disso, há já algum tempo que na GET Consulting desenvolvemos cursos de formação e educação à distância, adaptados às necessidades específicas das organizações. A aprendizagem é uma constante e as empresas têm um papel importante nessa formação. É uma criação de valor individual e, ao mesmo tempo, coletivo: temos que trabalhar para transformar desvantagens em vantagens se queremos ficar bem posicionados no acesso ao capital e às competências.
Sem me querer alongar mais, termino reforçando o que todos já sabemos – que a tecnologia vai ter um papel central, inevitável e obrigatório na resposta aos enormes desafios da atualidade. Este é o momento para as organizações reverem estratégias, formatos e investimentos. E eu, como bom otimista que sou, acredito que é nos momentos de maiores desafios que se se operam as maiores transformações.